Irã quer trocar apoio no combate ao Estado Islâmico por concessões nucleares
Outra autoridade iraniana corroborou os comentários. Ambas disseram que gostariam que os EUA e seus aliados ocidentais mostrassem flexibilidade sobre o número de centrífugas atômicas que Teerã poderia manter sob qualquer acordo de longo prazo que levante as sanções em troca de restrições no programa nuclear de Teerã.
"Ambos os lados podem mostrar flexibilidade, que vai levar a um número aceitável para todos", disse a autoridade iraniana.
Representantes ocidentais disseram à Reuters que o Irã não havia cogitado essa ideia nas negociações nucleares com os EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China, retomadas em Nova York na sexta-feira.
Diplomatas próximos às negociações dizem que é improvável que se estabeleça em Nova York um acordo de longo prazo que retire as sanções em troca de cortes no programa nuclear iraniano.
As autoridades ocidentais disseram que seria difícil até mesmo discutir a questão nas negociações e que os EUA e seus aliados estão determinados a manter o foco exclusivamente nas questões atômicas, com a data limite 24 de novembro para um acordo se aproximando.
"Estamos vendo com a aproximação do fim das negociações que os iranianos se sentem tentados a trazer outros assuntos para a mesa", disse um diplomata ocidental.
"Às vezes, eles indicam que, se não houver um acordo (nuclear), os outros processos na região seriam mais complicados", acrescentou. "Os seis estão determinados a não levar os outros assuntos para a mesa de negociações nuclear."
(Por Parisa Hafezi e Louis Charbonneau)
((Tradução Redação Rio de Janeiro, 55 21 2223 7155))