Brasileiras são libertadas após sequestro no Egito
Contando os minutos para rever sua filha sequestrada neste domingo no Egito, o pastor Dejair Batista Silvério, 60 anos, confirmou por volta das 20h30 (horário de Brasília) ao Terra que Sara Lima Silvério, 18 anos, e a amiga Zélia Magalhães de Mello, 45 anos, foram libertadas. No horário, Silvério disse que faltava cinco minutos para a filha chegar no hotel onde estão hospedados os turistas brasileiros.
"Ela está para chegar, dentro de cinco minutos está para chegar no hotel. Está tudo bem com ela, não foi maltratada. Estou muito contente, não queria passar esta noite sem minha filha e sem a Zélia", disse Silvério, que está no Egito em visita de membros da Igreja Evangélica Avivamento da Fé a locais sagrados.
"Estamos em uma caravana, e Deus não negou fogo onde operou tantos milagres no passado", comemorou. Segundo Silvério, foi um guia turístico que lhe garantiu a liberdade das brasileiras. "Conseguimos falar com o guia egípcio que estava com ela (Sara). O celular dele pegou sinal, e pude falar com a minha filha. Estava tão emocionado que não perguntei nada."
O pastor não soube responder se houve um pedido de resgate. "Quem libertou elas foi a polícia egípcia. Os sequestradores devem ter um propósito que não sabemos qual é", afirmou, antes de elogiar a atuação do Itamaraty no caso. "O governo brasileiro foi maravilhoso. A embaixada agiu, entraram em contato comigo em várias oportunidades e vão voltar a falar porque querem conversar com elas. Tivemos toda a assistência possível", sustentou.
Silvério descreveu a abordagem do ônibus em que estava com a filha pelos sequestradores, supostamente beduínos. "Vínhamos do Mar Vermelho, eles apareceram em dois carros, picapes com metralhadoras e fuzis. Atiraram para o ônibus parar e entraram no ônibus, em uma ação muito rápida. Pegaram minha filha e a Zélia e as levaram para fora. Pensamos que iriam metralhar o ônibus, mas não fizeram isso nem roubaram nada", disse.
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